Aviação
Aviação é a área de atividades e pesquisa relacionadas com voo de aparelhos mais pesados que o ar, os chamados aerodinos. Muitas vezes a aviação é chamada incorretamente de aeronáutica. A aviação é um dos dois ramos da aeronáutica, sendo o outro a aerostação. Índice |
História
A era moderna da aviação começou o voo humano mais leve que o ar em 21 de Novembro de 1783, num balão de ar quente projetado pelos Irmãos Montgolfier.
A prática do balonismo foi limitada porque eles só poderiam viajar com ventos soprando para baixo. Foi imediatamente reconhecido como conduzível, ou dirigível,o balão foi necessário. Jean-Pierre Blanchard voou no primeiro dirigível movido com forças humanas em 1784 e cruzou o Canal da Mancha em 1785. Projetos de dirigíveis posteriores incluíram propulsão movida por máquinas (Henri Giffard, 1852), quadros rígidos (David Schwarz, 1896) e melhora de velocidade e maneabilidade (Alberto Santos-Dumont, 1901).
Voo do Flyer dos Irmãos Wright, possivelmente um dos primeiros aviões da história.
Aeronaves começaram a transportar passageiros e cargas quando os projetos aumentaram e ficaram mais confiáveis. Em contraste com pequenos balões, gigantes aeronaves fizeram transporte de passageiros e cargas percorrendo grandes distâncias. O melhor exemplo de aeronaves deste tipo foram fabricados pela companhia alemã de Zeppelins.
O mais bem sucedido Zeppelin foi o Graf Zeppelin. Voou sobre um milhão de milhas (1.600.000 km, aproximadamente) incluindo um voo de volta ao mundo em agosto de 1929. Todavia, o domínio dos Zeppelins sobre os aviões neste período, que teve uma faixa de poucas centenas de milhas, foi diminuindo, uma vez que o "design" dos aviões eram mais avançados. O dirigível Norge, foi a primeira aeronave a sobrevoar o pólo norte em 12 de maio de 1926. A "Idade do Ouro" dos dirigíveis acabou em 1937, quando o Hindenburg pegou fogo matando 36 pessoas. Apesar de tudo, houve iniciativas periódicas para retomar o uso deles.
Um grande progresso foi feito no campo da aviação nos anos 20 e 30, como o voo transatlântico de Charles Lindbergh, em 1927, e o voo transpacífico de Charles Kingsford Smith no ano seguinte (1928). Richard Byrd tornou-se o primeiro piloto a pousar com um avião na Antártica continental durante uma expedição realizada entre 1928-1930 (ver: aviação polar). Um dos mais bem sucedidos projetos daquele tempo foi o Douglas DC-3 que veio a ser a primeira aeronave de uso de uma companhia aérea, que foi rentável para o transporte de passageiros, começando assim, a era moderna de aeronaves de transporte de passageiros. Com o início da 2ª Guerra Mundial, muitas cidades construíram aeroportos, e houve muitos pilotos profissionais disponíveis. A guerra trouxe inúmeras inovações para a aviação, incluindo o primeiro jato e foguetes movidos a combustível líquido.
Depois da 2ª Guerra, especialmente na América do Norte, hove um boom na aviação geral, tal como milhares de pilotos que foram desligados do serviço militar e aeronaves mais baratas estavam disponíveis. Fabricantes como Cessna, Piper Aircraft e Beechcraft expandiram a produção para fornecer aeronaves pequenas para um novo mercado de classe média.
A partir dos anos 1950, o desenvolvimento de jatos civis cresceu, começando com o de Havilland Comet, embora o primeiro jato de grande uso para transporte de passageiros foi o Boeing 707, porque era muito mais econômico do que os outros aviões da época. Na mesma época, a propulsão turboprop começaram a aparecer para aeronaves menores, fazendo ser possível servir rotas menores em um amplo leque de condições climáticas.
Yuri Gagarin foi o primeiro humano a viajar para o espaço em 12 de Abril de 1961, e Neil Armstrong foi o primeiro humano a pisar na lua em 21 de Julho de 1969.
Desde os anos 1960, motores mais eficientes feitos de células compostas e silenciosos, ficaram disponíveis, e o Concorde prestou serviço de transporte de passageiros supersônico durante uma faixa de tempo, porém, as mais novas e importantes inovações tiveram lugar na instrumentação e controle. A chegada de aparatos eletrônicos em estado sólido, o Global Positioning System, comunicações por satélite, e cada vez menores e mais poderosos computadores e o LED, mudaram significantemente os cockpits das grandes aeronaves e, cada vez mais, de pequenos aviões. Os pilotos podem navegar com muito mais precisão e ainda visualizar o terreno, obstruções, e outras aeronaves próximas num mapa ou através da visão sintética, mesmo à noite ou com baixa visibilidade.
Em 21 de Junho de 2004, a SpaceShipOne veio a ser a primeira aeronave privada financiada a fazer um voo no espaço, abrindo a possibilidade de mercado de aviação fora da atmosfera terrestre. Entretanto, protótipos voadores movidos a combustíveis alternativos, como oetanol, electricidade, ou ainda energia solar, estão ficando mais comuns. Talvez logo entrem no fluxo principal, pelo menos para aeronaves pequenas.
Aviação Civil
A aviação civil inclui todos os tipos de aviação não-militares, tais como aviação geral e transporte aéreo.Transporte aéreo
Estes são os maiores fabricantes de aeronaves civis (em ordem alfabética):- Airbus, sediada na França
- Boeing, sediada nos Estados Unidos
- Bombardier, sediada no Canadá
- Embraer, sediada no Brasil
- Tupolev, sediada na Rússia (brevemente irá se unir à United Aircraft Building Corporation)
Até os anos 1970, a maioria das maiores companhias aéreas eram estatais, administradas pelo governo do país e muito protegidas de concorrência. Desde então, acordos de "céu aberto" resultaram num aumento da concorrência e de escolha para os consumidores, conjugada à queda dos preços de passagens aéreas. A combinação de combustível caro, tarifas baixas, altos salários, e crises como os ataques de 11 de Setembro e a SARS conduziram as companhias aéreas mais antigas a serem compradas pelo governo, falência ou fusão com outras companhias aéreas, como foi o caso da VARIG, que se fundiu com a GOL no Brasil. Ao mesmo tempo, companhias aéreas de baixo custo como a Ryanair e a Southwest prosperaram.
Aviação Geral
1947 Cessna 120.
A weight-shift ultra-leve, a Air Creation Tanarg.
Cada país regulamenta de forma diferente a aviação, mas a aviação geral, geralmente, se enquadra em regulamentos diferentes dependendo do que se trate, se é privado ou comercial e sobre o tipo de equipamento usado.
Muitos fabricantes de aeronaves pequenas, incluindo Cessna, Piper Aircraft, Diamond, Mooney, Cirrus, Raytheon e outras servem o mercado de aviação geral, com foco na aviação privada e treinamento de voo.
Os mais recentes desenvolvimentos importantes par aeronaves de pequeno porte (que são maioria na aviação geral) foram a introdução de técnicas avançadas, aviônica (incluindo o GPS) que foram cada vez mais achados somente em grandes aeronaves, e a introdução de material compostopara fazer das aeronaves pequenas leves e velozes. O Ultra-leve vem também sendo cada vez mais popular para uso recreacional, uma vez que na maior parte dos países que permitem aviação privada, eles são muito mais baratos e menos fortemente regulamentados que aeronaves não-regulamentadas.
Aviação Militar
Controle de Tráfego Aéreo
Existem quatro tipos diferentes de controle de voo:
- Os centros de controle de voo (bem como os Cindactas no Brasil), que controlam as aeronaves em voo entre aeroportos
- Torres de controle (incluindo a torre, controle de tráfego em solo, entregas de autorização de tráfego, e outros serviços), que controlam as aeronaves a uma distância relativamente pequena (em média, 10 a 15 quilômetros na horizontal e 1.000 metros na vertical) de um aeroporto.
- Controladores de tráfego aéreo nos oceanos, que controlam as aeronaves em espaço aéreo internacional, geralmente sem radar.
- Controles de Terminal, que controlam as aeronaves numa extensa área (de 50 a 80 quilômetros) em aeroportos movimentados.
Impacto ambiental
Linhas de vapor de água condensado deixada por aeronaves que operam em grandes altitudes. Elas podem contribuir para a formação do cirro.
- Aeronaves que operam perto da tropopausa (principalmente os grandes jatos) emitem aerossol e deixam rastros chamados de trilhas de condensação, que contribuem para a formação do cirro — que vem crescendo numa faixa de 0,2% desde a invenção da aviação.[6]
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